ÚLCERAS DO PÉ DIABÉTICO Prevenção e tratamento

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Uma úlcera de pé diabético é uma complicação frequente da diabetes mellitus.

 

 

Dois a dez por cento dos diabéticos têm úlceras de pé. O risco de desenvolver uma úlcera de pé diabético aumenta ao longo do tempo. O controlo da glucose sanguínea é um procedimento importante. Os doentes que não fazem este controlo da glucose tendem a sofrer complicações mais cedo. Infelizmente, a maioria das amputações de pés e da parte inferior da perna são efetuadas em doentes com diabetes mellitus. A principal prioridade no tratamento da síndrome do pé diabético é evitar uma amputação maior.

Os doentes diabéticos são um grupo de risco no que diz respeito às úlceras do pé devido quer à neuropatia periférica como à neuropatia autonómica bem como à macro e microangiopatia.

A neuropatia periférica (sensorial e motora) é a causa mais frequente de úlceras de pé. Uma vez que muitos doentes com neuropatia sensorial sofrem de uma alteração ou da total perda de sensações no pé e na perna, quaisquer cortes ou trauma podem passar despercebidos durante vários dias ou semanas. A neuropatia motora pode provocar a fraqueza muscular (atrofia muscular), causando deformações no pé que subsequentemente podem levar uma distribuição inadequada do peso. Pode ocorrer isquemia e necrose dos tecidos, o que pode causar úlceras. Além disso, uma neuropatia autonómica pode levar a uma diminuição do suor devido a denervação das estruturas dérmicas. Isto induz a secura da pele, causando fissuras, o que aumenta o risco de infeção.

A angiopatia diabética é outro fator de risco para o desenvolvimento de úlceras de pé diabético e infeções, uma vez que ocorre a calcificação das artérias maiores (macroangiopatia) e o espessamento da membrana basal das pequenas artérias capilares (microangiopatia), isto podendo conduzir a uma microcirculação deficiente.

Existem muitas formas de classificar lesões de pé diabético. A classificação de Wagner é o sistema de classificação mais utilizado para lesões do pé diabético.

 

Otimizar o Controlo de Feridas de UPD

Classificação da úlcera (com base em Wagner e Universidade do Texas/ Armstrong)1-3

Classificação da úlcera: 0 

Descrição:
  • Pé gravemente deformado com risco de ulceração
Objetivo do tratamento: 
  • Manter a integridade da pele
Tratamento local da ferida:
  • Cuidado da pele (por ex.:Trixo®/Linovera)

Classificação da úlcera

1 - Não infetada

Descrição:
  • Úlcera superficial que não envolve tendão, cápsula ou osso
Objetivo do tratamento da ferida:
  • Fornecer um leito de ferida limpo para a granulação dos tecidos
Tratamento local da ferida:

 


Classificação da úlcera:

2 - Não infetada

Descrição:
  • Úlcera superficial que não envolve tendão, cápsula ou osso com sinais de infeção
Objetivo do tratamento da ferida:
  • Remover a crosta/calosidade
  • Reduzir a carga bacteriana
  • Prevenir/remover o biofilme
  • Controlar o exsudado/odor
Tratamento local da ferida:


Classificação da úlcera: 2 - Não infetada

Descrição:
  • Úlcera superficial que não envolve tendão, cápsula ou osso com sinais de infeção
Objetivo do tratamento da ferida:
  • Remover a crosta/calosidade
  • Reduzir a carga bacteriana
  • Prevenir/remover o biofilme
  • Controlar o exsudado/odor
Tratamento local da ferida:


Classificação da úlcera: 2 - Infetada 

Descrição:

Úlcera profunda com sinais de infeção

Objetivo do tratamento da ferida:
  • Remover a crosta/calosidade
  • Reduzir a carga bacteriana
  • Prevenir/remover o biofilme
  • Controlar o exsudado/odor
Tratamento local da ferida:


Classificação da úlcera: 3 - Não infetada

Descrição:
  • Úlcera profunda com penetração do osso ou da articulação
Objetivo do tratamento da ferida:
  • Remover a crosta/calosidade
  • Fornecer um leito de ferida limpo para a granulação dos tecidos
  • Prevenir/remover o biofilme
  • Controlar o exsudado
Tratamento local da ferida:


Classificação da úlcera: 3 - Infetada 

Descrição:

  • Úlcera profunda com evidências de osteomielite

Objetivo do tratamento da ferida:

  • Remover a crosta
  • Reduzir a carga bacteriana
  • Prevenir/remover o biofilme
  • Controlar o exsudado/odor

Tratamento local da ferida:

* NOTA: Uma vez que as UPDs de Graus III podem envolver a exposição de cartilagem, aconselha-se especial atenção. Alguns produtos (por exemplo o Prontosan®) são contraindicados para utilização em cartilagem hialina. Deverá ser efetuada uma avaliação do rácio riscos:benefícios em todos os casos.
As decisões acerca dos produtos utilizados cabem ao médico assistente e, quando indicado, em vez de Prontosan® deve ser utilizada uma solução salina normal.

(1) Wagner FW. The dysvascular foot: a system of diagnosis and treatment. Foot Ankle 1981; 2: 64-122. /  (2) Lavery LA, Armstrong DG, Harkless LB. Classification of diabetic foot wounds. J Foot Ankle Surg 1996; 35: 528-31. / (3) Armstrong DG, Lavery LA, Harkless LB. Validation of a diabetic wound classification system. The contribution of depth, infection, and ischemia to risk of amputation. Diabetes Care 1998; 21(5): 855-9.

 

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Descrição Documento Link
DFU Quick Guide Wounds International.pdf
pdf (582.9 KB)
DFU Best Practice Guidelines.pdf
pdf (3.2 MB)